Telhados de vidro
pedro, 21.12.06
Os homossexuais não gostam de estereótipos. Estão fartos dessas generalizações medievais e da homofobia que ainda grassa nas sociedades industriais, pós-industriais, modernas, pós-modernas, ou, como eu gosto de lhes chamar, “sociedades d’agora”. Toda a gente tem direito à indignação e ao protesto. Só lhes é, ou deve ser, exigida coerência nas reivindicações. E, se não querem ser alvo de estereótipos, não façam de outros alvo dessas imposições. Portanto, a próxima vez que virem um homossexual a queixar-se disso, peçam-lhe para desenhar um pirata. Se, no resultado do desafio, não estiver lá pelo menos uma de cinco características – lenço na cabeça, gancho em vez de mão, pala no olho, perna de pau e papagaio no ombro –, acho que sim, que devíamos mesmo parar com os estereótipos que circundam a espécie rabeta. Enquanto isso não sucede, é ir abusando. Que eles fazem o mesmo. Pelo menos com os piratas. Malta velhaca, a paneleiragem, hã?